O Procon lembra que impor ao cliente o financiamento por um banco determinado é como fazer uma venda casada.
Hora de fazer planos para o futuro e o empresário Carlos Pinelli Júnior bateu perna atrás de um apartamento. O imóvel ainda está em construção, mas ele já pensa em como vai financiar a dívida quando receber as chaves. No stand de vendas não ficou satisfeito com as condições apresentadas.
“Vi que era melhor eu pesquisar e fazer com outro banco”, conta o empresário.
A construtora normalmente oferece duas opções de financiamento: com ela ou com um banco vinculado. Mas quem vai comprar um imóvel tem sim outras opções. Pode e deve correr atrás de bancos que ofereçam condições melhores.
Carlos levantou taxas e prazos. Decidiu dividir as prestações em dez anos e achou juros variando de 7,79% a quase 10% ao ano. Esforço recompensado.
“Eu vou economizar quase R$ 50 mil porque eu procurei saber os meus direitos como consumidor e descobri a melhor maneira de como financiar o meu imóvel”, garante.
Mesmo que a oferta da construtora pareça menos burocrática e mais tentadora tem que pesquisar.
“Eu acho que o cliente ao comprar nunca deve comprar por impulso. Compre como resultado de uma pesquisa, de uma análise do que a sua família pode pagar”, ensina João Crestana, presidente do Secovi.
O Procon lembra que impor ao cliente o financiamento por um banco determinado é como fazer uma venda casada, o que fere os direitos do consumidor. A construtora não pode dificultar o processo com o outro banco.
“Não pode deixar de entregar documentos que são solicitados pelo outro agente financeiro que foi escolhido pelo consumidor. Ele deve fazer isso em tempo hábil para que o consumidor o mais rápido possível possa fechar o contrato com aquela instituição financeira que ele escolheu”, afirma Renata Reis, técnica do Procon.
Fernando Mainieri
www.mainieriximoveis.com.br
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